terça-feira, 12 de janeiro de 2016
sábado, 2 de janeiro de 2016
OS ALIMENTOS TAMBÉM SERVEM PARA PENSAR - CLAUDE LÉVI-STRAUSS E A COZINHA
O antropólogo Lévi-Strauss, em sua obra "Mitológicas", recorreu à cozinha e ao preparo dos alimentos para estudar diversos mitos indígenas, mas, mais do que isso, ele mostrou que os alimentos podem ser utilizados como fonte de pesquisa para quem quer entender um pouco melhor aquilo que nos faz humanos.
“As Mitológicas” são uma série de estudos publicados pelo antropólogo francês entre 1964 e 1971, reunidos em quatro volumes. Os alimentos e as práticas culinárias são o pano de fundo para um estudo aprofundado sobre os mitos indígenas.
O primeiro volume, publicado em 1964, chama-se “O Cru e o Cozido”. Nele o pesquisador demostra que o homem tornou-se culturalmente mais desenvolvido quando passou a utilizar o fogo como tecnologia para a preparação de alimentos. Para nós, hoje, essa afirmação pode parecer óbvia, mas para a época de sua publicação era uma visão nova, já que o domínio do fogo era considerado mais em relação à sua importância para a sobrevivência do que para o desenvolvimento cultural.
Para Lévi-Strauss, o fogo era a ponte que ligava a natureza à cultura. A natureza, nesse caso, seria representada por alimentos crus que após passarem pelo fogo tornam-se cozidos. Parece simples, mas para homens que acabam de descobrir o poder do fogo a simples passagem de um alimento em estado natural para o estado “cultural” do cozimento é um grande avanço.
Mas o que o simples cozimento de um alimento pode representar dentro da cultura? Se levarmos em consideração a cultura alimentar apenas de países como o Brasil e o Japão, já perceberemos a grande diferença: no primeiro, a carne, principalmente de gado, é um dos alimentos bases da alimentação e é consumida de inúmeras formas (porém, sendo pouco usual o consumo dela crua), enquanto o peixe não é consumido por grande parte da população. No segundo, por outro lado, o peixe é o carro chefe da alimentação e nem sempre existe a necessidade de passar por modos de preparo comuns a nós brasileiros, como o cozimento, por exemplo.
Foi a partir da observação dos hábitos alimentares de tribos indígenas brasileiras que o antropólogo criou o que ficou conhecido como o “Triângulo Culinário”, no qual explicita as relações de transformação do alimento através do tripé: cru, cozido, podre. Assim, o alimento cru (natural), passa pelo fogo e torna-se cozido (cultural) e então por influências diversas apodrece e retorna à natureza.
Tudo isso fez com que o homem primitivo criasse uma série de hábitos estritamente culturais ligados à alimentação: começando pelo cultivo de alimentos que pudessem ser saboreados cozidos, a caça e o preparo da carne, algum tipo de conservação dos alimentos, até chegar às receitas, hábitos alimentares específicos de cada região, modos de consumo, regras de educação durante a refeição e a preocupação com o lixo gerado por ela.
Para Claude Lévi-Strauss, a cozinha é uma linguagem e cada sociedade codifica suas mensagens através de signos particulares dentro desta.
Podemos pegar a ceia de Natal como um exemplo. Quando há um evento importante para nós ele, na maioria das vezes ele é celebrado com um jantar, e neste caso a ceia teria um status ainda maior. A abundância de alimentos também representa um signo bem definido: a felicidade frente às agruras do ano que passou. O peru de Natal que para nós já é tão comum, também tem um explicação cultural bastante interessante, segundo o antropólogo francês: quando a carne que será servida em um jantar for assada, este prato deve ser o mais importante da refeição, isso por que, em uma comparação com a carne cozida, o assado seria mais aristocrático, já que a carne quando cozida ainda conserva os sucos, denotando economia, e a assada seria um processo de destruição e, portanto, de esbanjamento.
Para ele, a cozinha baseia-se em ações técnicas, operações simbólicas e rituais. Utilizando o esquema do “Triângulo Culinário” para entender outros mecanismos culturais, o pesquisador francês provou que algo que fazemos de maneira intuitiva muitas vezes esconde segredos que contam muito sobre a essência de ser humano. Se esse tema o interessa, sugerimos a leitura deste artigo sobre História da Alimentação, que utilizámos como fonte.
“As Mitológicas” são uma série de estudos publicados pelo antropólogo francês entre 1964 e 1971, reunidos em quatro volumes. Os alimentos e as práticas culinárias são o pano de fundo para um estudo aprofundado sobre os mitos indígenas.
O primeiro volume, publicado em 1964, chama-se “O Cru e o Cozido”. Nele o pesquisador demostra que o homem tornou-se culturalmente mais desenvolvido quando passou a utilizar o fogo como tecnologia para a preparação de alimentos. Para nós, hoje, essa afirmação pode parecer óbvia, mas para a época de sua publicação era uma visão nova, já que o domínio do fogo era considerado mais em relação à sua importância para a sobrevivência do que para o desenvolvimento cultural.
Para Lévi-Strauss, o fogo era a ponte que ligava a natureza à cultura. A natureza, nesse caso, seria representada por alimentos crus que após passarem pelo fogo tornam-se cozidos. Parece simples, mas para homens que acabam de descobrir o poder do fogo a simples passagem de um alimento em estado natural para o estado “cultural” do cozimento é um grande avanço.
Mas o que o simples cozimento de um alimento pode representar dentro da cultura? Se levarmos em consideração a cultura alimentar apenas de países como o Brasil e o Japão, já perceberemos a grande diferença: no primeiro, a carne, principalmente de gado, é um dos alimentos bases da alimentação e é consumida de inúmeras formas (porém, sendo pouco usual o consumo dela crua), enquanto o peixe não é consumido por grande parte da população. No segundo, por outro lado, o peixe é o carro chefe da alimentação e nem sempre existe a necessidade de passar por modos de preparo comuns a nós brasileiros, como o cozimento, por exemplo.
Foi a partir da observação dos hábitos alimentares de tribos indígenas brasileiras que o antropólogo criou o que ficou conhecido como o “Triângulo Culinário”, no qual explicita as relações de transformação do alimento através do tripé: cru, cozido, podre. Assim, o alimento cru (natural), passa pelo fogo e torna-se cozido (cultural) e então por influências diversas apodrece e retorna à natureza.
Tudo isso fez com que o homem primitivo criasse uma série de hábitos estritamente culturais ligados à alimentação: começando pelo cultivo de alimentos que pudessem ser saboreados cozidos, a caça e o preparo da carne, algum tipo de conservação dos alimentos, até chegar às receitas, hábitos alimentares específicos de cada região, modos de consumo, regras de educação durante a refeição e a preocupação com o lixo gerado por ela.
Para Claude Lévi-Strauss, a cozinha é uma linguagem e cada sociedade codifica suas mensagens através de signos particulares dentro desta.
Podemos pegar a ceia de Natal como um exemplo. Quando há um evento importante para nós ele, na maioria das vezes ele é celebrado com um jantar, e neste caso a ceia teria um status ainda maior. A abundância de alimentos também representa um signo bem definido: a felicidade frente às agruras do ano que passou. O peru de Natal que para nós já é tão comum, também tem um explicação cultural bastante interessante, segundo o antropólogo francês: quando a carne que será servida em um jantar for assada, este prato deve ser o mais importante da refeição, isso por que, em uma comparação com a carne cozida, o assado seria mais aristocrático, já que a carne quando cozida ainda conserva os sucos, denotando economia, e a assada seria um processo de destruição e, portanto, de esbanjamento.
Para ele, a cozinha baseia-se em ações técnicas, operações simbólicas e rituais. Utilizando o esquema do “Triângulo Culinário” para entender outros mecanismos culturais, o pesquisador francês provou que algo que fazemos de maneira intuitiva muitas vezes esconde segredos que contam muito sobre a essência de ser humano. Se esse tema o interessa, sugerimos a leitura deste artigo sobre História da Alimentação, que utilizámos como fonte.
Pardalzinho
Manuel Bandeira
O pardalzinho nasceu Livre.
Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma,
essa voou
Para o céu dos passarinhos!
Andorinha
Manuel Bandeira
Andorinha lá fora está dizendo:
—Passei o dia à toa, à toa!
Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida
à toa, à toa...
ARTE DE AMAR
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem,
mas as almas não.
Manuel Bandeira
domingo, 28 de junho de 2015
Chico Buarque define solidão:
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo… Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar… Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos… Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente… Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado… Isto e circunstância!
Solidão é muito mais do que isto…
SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
terça-feira, 16 de junho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
THE FALL. Dktr. Faustus
Doctor Faustus
Horseshoes splacking
Swallows hay cart, cart horse
Of the peasants blocking his path
Doctor Faustus
Power showing
Spits out hay cart, cart horse hay and box
Outside the gates of the town of Anholt
You've had your chances, you've had your chance
You've had your chances, you've had your chance
Doctor Faustus
At the court of the Count
Made fruits exotic pleasure-licious
Appear behind curtains in Winter
Faustus
At the court of the decadent Count
Made animals from sunny lands appear
In the sparse gardens
You've had your chances, you've had your chance
You've had your chances, you've had your chance
Doctor Faustus
Horseshoes splacking
Swallows hay cart, cart horse
Hay and box
Of the peasants blocking his path
Had to leave
His drinking student friends
Doctor Faustus, Doctor Faustus
Had your chances, you've had your chance
Had your chances, you've had your chance
Had your chances, you've had your chance
Had your chances, you've had your chance
There's a blood silhouette through the ceiling sky
There's a blood silhouette through the ceiling sky
There's a blood silhouette through the ceiling sky
There's a blood silhouette through the ceiling sky
Dive
Pick me - pick me yeah
Live alone, lone single
At least, at least yeah
Everyone is hollow
Pick me - pick me yeah
Everyone is waiting
Pick me - pick me yeah
You can even pay them
Dive
Dive
Dive in me
Dive in me
Dive in me
Dive in me
Kiss this, kiss that yeah
Live alone, lone single
At least, at least yeah
You can be my hero
Pick me - pick me yeah
Everyone is waiting
Hit me, hit me yeah
I'm real good at hating
Dive
Dive
Dive in me
Dive in me
Dive in me
Dive in me
................................................................................................................................................................................................................................................................................;iu8uffr fifkfkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Jessy Bulbo ------
Desde que lideraba y escribió las canciones más representativas de Las
Ultrasónicas, era evidente que la irreverencia y el sentido del humor de
Jessy Bulbo representaría un fenómeno generacional. Periodista, actriz y
compositora, desde la adolescencia tomó el sonido cochambroso del
garage y de las grabaciones lo-fi como estandarte sonoro para sus
propios discos. Sin remordimiento alguno, en sus letras habla con
desenfado y honestidad sobre el delirio, la locura, el amor o la
ternura. En su disco Telememe, la ecuación musical es mucho más
amplia que sus trabajos previos, con guiños a la música electrónica y
arreglos sofisticados que abrevan del jazz, pero ahora, en Changuemonium –su
más reciente entrega– imperan los ritmos latinos aplicados a la
electrónica. Para conocer más sobre la personalidad de Jessy y sus
nuevas incursiones musicales, charlamos con ella previo a su concierto
en Festival Marvin.
MILES DAVIS QUINTET - 1967
Miles Davis - Trumpet
Wayne Shorter - Sax
Herbie Hancock - Piano
Ron Carter - Bass
Tony Williams - Drums
sábado, 13 de junho de 2015
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Secaram as sementes no silêncio da rocha e mineral. As palavras que não chegamos a gritar, as lágrimas retidas, as pragas que se engolem, a frase que se encurta, o amor que matamos, tudo isso transformado em minério magnético, em turmalina, em ágata, o sangue congelado em cinábrio, sangue calcinado tornado galena, oxidado, aluminizado, sulfatado, calcinado, o brilho mineral de meteoros mortos e sóis exaustos numa floresta de árvores secas e desejos mortos.
terça-feira, 24 de março de 2015
Iluminando as ideias
Se alguém me convence de algo e me faz mudar de opinião, é porque esse alguém me mostrou argumentos relevantes, não é porque ela é gostosa ou gostoso ou famoso ou porque usa uma roupa legal. Não é porque esse alguém tem pelo no suvaco ou porque participa do MST, nem porque usa peruca, nem porque percorreu o mundo, nem porque conhece os movimentos artísticos europeus de 1943 ou porque usa o cabelo raspado, nem porque mora na capital ou numa cidade mais badalada que a minha, nem porque é mais velho ou mais novo, não é porque já tentou suicídio ou teve uma profunda crise existencial, não é porque a "galera" toda acha essa pessoa legal, tampouco é pelo seu currículo no lattes e muito menos porque ando carente de amor.
Se alguém me convence de algo e me faz mudar de opinião, é porque esse alguém me mostrou argumentos relevantes, não é porque ela é gostosa ou gostoso ou famoso ou porque usa uma roupa legal. Não é porque esse alguém tem pelo no suvaco ou porque participa do MST, nem porque usa peruca, nem porque percorreu o mundo, nem porque conhece os movimentos artísticos europeus de 1943 ou porque usa o cabelo raspado, nem porque mora na capital ou numa cidade mais badalada que a minha, nem porque é mais velho ou mais novo, não é porque já tentou suicídio ou teve uma profunda crise existencial, não é porque a "galera" toda acha essa pessoa legal, tampouco é pelo seu currículo no lattes e muito menos porque ando carente de amor.
quinta-feira, 12 de março de 2015
Mirror
MIRROR
I am silver and exact. I have no preconceptions.
Whatever I see I swallow immediately
Just as it is, unmisted by love or dislike.
I am not cruel, just truthful —
The eye of a little god, four cournered.
Most of the time I meditate on the opposite wall.
It is pink, with speckles. I have looked at it so long
I think it is a part of my heart. But it flickers.
Faces and darkness separate us over and over.
Now I am a lake. A woman bends over me,
Searching my reaches for what she really is.
Then she turns to those liars, the candles or the moon.
I see her back, and reflect it faithfully.
She rewards me with tears and an agitation of hands
I am important to her. She comes and goes.
Each morning it is her face that replaces the darkness.
In me she has drowned a young girl, and in me an old woman
Rises toward her day after day, like a terrible fish.
Sylvia Plath
ESPELHO
Sou prateado e exato. Não tenho preconceitos.
Tudo o que vejo engulo imediatamente
Do jeito que for, desembaçado de amor ou aversão.
Não sou cruel, apenas verdadeiro —
O olho de um pequeno deus, de quatro cantos.
Na maior parte do tempo medito sobre a parede em frente.
Ela é rosa, pontilhada. Já olhei para ela tanto tempo,
Eu acho que ela é parte do meu coração. Mas ela oscila.
Rostos e escuridão nos separam toda hora.
Agora sou um lago. Uma mulher se dobra sobre mim,
Buscando na minha superfície o que ela realmente é.
Então ela se vira para aquelas mentirosas, as velas ou a lua.
Vejo suas costas, e as reflito fielmente.
Ela me recompensa com lágrimas e um agitar das mãos.
Sou importante para ela. Ela vem e vai.
A cada manhã é o seu rosto que substitui a escuridão.
Em mim ela afogou uma menina, e em mim uma velha
Se ergue em direção a ela dia após dia, como um peixe terrível.
traduzido por André Cardoso
(in 34 LETRAS, nº 5/6, Ed. 34 Literatura e Nova Fronteira, Brasil, 1989)
quarta-feira, 11 de março de 2015
CHAMA E FUMO
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa...
Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimado o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa...
Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor - chama, e, depois, fumaça...
A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa...
Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linda a arder!
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Porquanto, mal se satisfaça,
(Como te poderei dizer?...)
O fumo vem, a chama passa...
A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas, tem de ser...
Amor?... - chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa...
Manuel Bandeia
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa...
Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimado o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa...
Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor - chama, e, depois, fumaça...
A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa...
Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linda a arder!
Amor - chama, e, depois, fumaça...
Porquanto, mal se satisfaça,
(Como te poderei dizer?...)
O fumo vem, a chama passa...
A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas, tem de ser...
Amor?... - chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa...
Manuel Bandeia
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Violêro
Tom :Dm
( Dm C Bb C Dm )
Vô cantá no canturi primeiro / as coisa lá da minha mudernage
( Gm Dm Bb C Dm )
Qui mi fizero errante e violêro / eu falo sério e num é vadiage
( Gm Dm C F )
I pra você qui agora está me ôvino / juro até pelo Santo Minino
( Bb C F G Dm )
Vige Maria qui ôve o qui eu digo / si fô mintira me manda um castigo
( C G Dm Bb C Gm )
? Apois pro cantadô i violêro / só hai trêis coisa nesse mundo vão
( Dm C Bb C F C Dm )
? Amô, furria, viola, nunca dinhêro
( C Gm A Dm )
? viola, furria, amô, dinhêro não 2X
( Dm C Bb C Dm )
Cantadô di trovas i martelo / di gabinete, ligeira i moirão
( Gm Dm Bb C Dm )
Ai cantadô já curri o mundo intêro / já inté cantei nas portas de um castelo
( Gm Dm C F )
Dum rei qui si chamava di Juão / pode acreditá meu companhêro
( Bb C F G Dm )
Dispois di tê cantado u dia intêro / o rei mi disse fica, eu disse não
( Dm C Bb C Dm )
Si eu tivesse di vivê obrigado / um dia inhantes desse dia eu morro
( Gm Dm Bb C Dm )
Deus feiz os hóme e os bicho tudo fôrro / já vi iscrito no Livro Sagrado
( Gm Dm C F )
Que a vida nessa terra é u'a passage / i cada um leva um fardo pesado
( Bb C F G Dm )
É um insinamento que derna a mudernage / eu trago bem dent' do coração guardado
( Dm C Bb C Dm )
Tive muita dô di num tê nada / pensano qui êsse mundo é tud' tê
( Gm Dm Bb C Dm )
Mais só dispois di pená pelas istrada / beleza na pobreza é qui vim vê
( Gm Dm C F )
Vim vê na procissão lôvado-seja / i o malassombro das casa abandonada
( Bb C F G Dm )
Côro di cego nas porta das igreja / i o êrmo da solidão das istrada
( Dm C Bb C Dm )
Pispiano tudo du cumêço / eu vô mostrá como faiz o pachola
( Gm Dm Bb C Dm )
Qui inforca u pescoço da viola / rivira toda moda pelo avêsso
( Gm Dm C F )
I sem arrepará si é noite ou dia / vai longe cantá o bem da furria
(Bb C F G Dm )
Sem um tostão na cuia o cantadô / canta inté morrê o bem do amô
Tom :Dm
( Dm C Bb C Dm )
Vô cantá no canturi primeiro / as coisa lá da minha mudernage
( Gm Dm Bb C Dm )
Qui mi fizero errante e violêro / eu falo sério e num é vadiage
( Gm Dm C F )
I pra você qui agora está me ôvino / juro até pelo Santo Minino
( Bb C F G Dm )
Vige Maria qui ôve o qui eu digo / si fô mintira me manda um castigo
( C G Dm Bb C Gm )
? Apois pro cantadô i violêro / só hai trêis coisa nesse mundo vão
( Dm C Bb C F C Dm )
? Amô, furria, viola, nunca dinhêro
( C Gm A Dm )
? viola, furria, amô, dinhêro não 2X
( Dm C Bb C Dm )
Cantadô di trovas i martelo / di gabinete, ligeira i moirão
( Gm Dm Bb C Dm )
Ai cantadô já curri o mundo intêro / já inté cantei nas portas de um castelo
( Gm Dm C F )
Dum rei qui si chamava di Juão / pode acreditá meu companhêro
( Bb C F G Dm )
Dispois di tê cantado u dia intêro / o rei mi disse fica, eu disse não
( Dm C Bb C Dm )
Si eu tivesse di vivê obrigado / um dia inhantes desse dia eu morro
( Gm Dm Bb C Dm )
Deus feiz os hóme e os bicho tudo fôrro / já vi iscrito no Livro Sagrado
( Gm Dm C F )
Que a vida nessa terra é u'a passage / i cada um leva um fardo pesado
( Bb C F G Dm )
É um insinamento que derna a mudernage / eu trago bem dent' do coração guardado
( Dm C Bb C Dm )
Tive muita dô di num tê nada / pensano qui êsse mundo é tud' tê
( Gm Dm Bb C Dm )
Mais só dispois di pená pelas istrada / beleza na pobreza é qui vim vê
( Gm Dm C F )
Vim vê na procissão lôvado-seja / i o malassombro das casa abandonada
( Bb C F G Dm )
Côro di cego nas porta das igreja / i o êrmo da solidão das istrada
( Dm C Bb C Dm )
Pispiano tudo du cumêço / eu vô mostrá como faiz o pachola
( Gm Dm Bb C Dm )
Qui inforca u pescoço da viola / rivira toda moda pelo avêsso
( Gm Dm C F )
I sem arrepará si é noite ou dia / vai longe cantá o bem da furria
(Bb C F G Dm )
Sem um tostão na cuia o cantadô / canta inté morrê o bem do amô
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
A Montanha Mágica
Hans Castorp, o herói de "A Montanha mágica" foi por fim arrancado ao pasmo que o distraía da vida, pela guerra que tomou conta do mundo lá fora.
O seu encontro com o sanatório do Berghof tinha-lhe permitido abdicar de todas as responsabilidades e ganhar, com o contrato da doença, uma espécie de destino não-trágico.
Mas quantos de nós não são acordados pelo raio?
O seu encontro com o sanatório do Berghof tinha-lhe permitido abdicar de todas as responsabilidades e ganhar, com o contrato da doença, uma espécie de destino não-trágico.
Mas quantos de nós não são acordados pelo raio?
sábado, 24 de janeiro de 2015
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
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